A Teoria Tróika
da Sustentabilidade, denominação cunhada por SANTOS GRACCO (www.abraao.com/artigos/administrador) ao defender que o enredo para o presente século XXI será a premissa segundo a qual os desdobramentos de seus
acontecimentos estarão intimamente ligados ao suprimento civilizacional das demandas de àgua, energia a alimentos. Desse modo “A ideia de
sustentabilidade tem várias dimensões e supõe a habilidade de civilizações,
sociedades e organizações para perdurar no tempo e evitar o colapso. Uma noção
ampla de sustentabilidade abrange as dimensões ecológica e ambiental,
demográfica, cultural, social, política e institucional: Sustentabilidade ecológica: refere-se à base do processo de conhecimento
e tem como objetivo manter estoques de capital natural incorporados às
atividades produtivas. Pela perspectiva integral e transdisciplinar das
ecologias, abrange todas as facetas nas quais elas se ramificam. Sustentabilidade ambiental: refere-se à
manutenção da capacidade de sustentação dos ecossistemas e de sua recomposição
diante das interferências antrópicas. Sustentabilidade
social: tem como objetivo a melhoria
da qualidade de vida humana. Implica a adoção de politicas distributivas e a
universalização do atendimento à saúde, à educação, à habitação, e à equidade social. Sustentabilidade política: refere-se ao processo de construção de
cidadania e visa incorporar os indivíduos ao processo de desenvolvimento. Sustentabilidade econômica: implica uma gestão eficiente dos
recursos e caracteriza-se pela regularidade de fluxos de investimento,
avaliando a eficiência por processos macrossociais. Sustentabilidade demográfica: revela os limites da capacidade de
suporte do território e de sua base de recursos, relacionando os cenários de
crescimento econômico às taxas demográficas, à composição etária e à população
economicamente ativa. Sustentabilidade
cultural: relaciona-se com a capacidade de manter a diversidade de
culturas, valores e práticas no planeta, no país ou em uma região. Sustentabilidade institucional: trata-se
de fortalecer engenharias institucionais capazes de perdurar no tempo,
adaptar-se e resistir a pressões. Sustentabilidade
espacial: busca equidade nas relações inter-regionais. Além dessas,
enfatizamos a sustentabilidade do abastecimento, que diz respeito à
sustentabilidade alimentar, hídrica e energética. Sem o suprimento sustentável
de água, alimentos e energia, não se sustentam pessoas, cidades, sociedades e
civilizações.” (RIBEIRO, Maurício Andrés. Origens mineiras do
desenvolvimento sustentável no Brasil: ideias e praticas. In: PÁDUA, José Augusto (org.). Desenvolvimento, justiça e meio
ambiente. Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Peirópolis, 2009, p. 65-66).
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